16 de março de 2011

Erro médico faz nova vítima

Por Adriane Andrade

Internada para fazer uma cirurgia neurológica a fim de amenizar os sintomas de uma hidroanencefalia - acúmulo de líquido em parte do cérebro - uma menina de menos de um mês de vida teve a perna amputada após sofrer queimaduras graves.

O procedimento realizado no Instituto Fernandes Figueiras, na zona sul do Rio de Janeiro, ocorreu no dia primeiro de março. Devido ao manuseio incorreto da placa de bisturi, a criança teve uma extensa queimadura na perna esquerda. Cerca de uma semana depois, os médicos decidiram pela amputação de parte do membro, visando preservar a circulação sanguínea.

Sem nenhum tipo de acompanhamento psicológico, a família reclama da falta de atenção dada ao problema e pede providências. O Conselho Regional de Medicina pretende apurar o caso e o hospital abriu uma sindicância interna para verificar se a recém-nascida teria sido vítima de erro médico.

O que deveria ser uma exceção tem se tornado um fato corriqueiro no sistema de saúde brasileiro. Pessoas despreparadas para a profissão são colocadas no mercado de trabalho, tendo a vida humana como matéria-prima de seu ofício.


A quem cabe a responsabilidade por “incidentes” como este? Os conselhos de medicina e de enfermagem devem fiscalizar e exigir das categorias que representam a qualidade dos serviços prestados e, acima de tudo, critério e responsabilidade no exercício de suas funções. Baixos salários e uma rotina de muitas horas de trabalho não podem ser a justificativa para os erros cometidos por esses profissionais.

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