13 de abril de 2011

Realengo não é Columbine

Por Daniele de Sá

Realengo não é Columbine, mas o episódio do último dia 7 de abril foi capaz de gerar um déjà vu quase automático para o cenário de uma tragédia acontecida em 1999, na cidade americana de Lottleon, onde dois alunos promoveram o massacre de 12 estudantes secundaristas e um professor – e logo após o feito se suicidaram.

Os esforços agora devem ser convertidos para que o tão propalado quarto poder não se transforme em jornalismo de quinta categoria ao transformar a dor dos parentes das vítimas no combustível que abastece a indústria da espetacularização midiática.

Diariamente, partes da tragédia na Escola Tasso da Silveira são reconstruídas, novos personagens são inseridos ao contexto do crime e especialistas tentam explicar os diversos porquês que levaram o ex-aluno Welligton Menezes a entrar para a história como o assassino que promoveu um verdadeiro massacre – às vezes errando diagnósticos ao atribuir, por exemplo, a psicopatia ao referido assassino suicida.

Até que todas as faces da história sejam exploradas, presenciaremos, dia após dia, alguns veículos de imprensa explorando e trazendo ao palco do grotesco todas as faces possíveis e imagináveis dessa barbárie.

O que se espera é que a imprensa assuma uma posição de seriedade para que os seus veículos de evitem  a todo custo o ritmo de retroalimentação que apenas beneficia a indústria da notícia.


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