13 de abril de 2011

Esquizofrenia é doença ou sinônimo de pessoas assassinas?

Por Monique Nunes

No momento, todas as atenções estão voltadas para o caso “massacre de Realengo”, que ocorreu na última quinta-feira, 7, vitimando alunos da escola municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro. O autor deste crime, Wellington Menezes “Assassino” de Oliveira (sobrenome “Assassino” foi adicionado a este caso para enfatizar o massacre que durou cerca de doze minutos), 23 anos, sofria de uma doença psicótica, caracterizada como esquizofrenia.
A esquizofrenia é um transtorno das funções cerebrais que alteram o pensamento, as emoções e o comportamento do indivíduo, podendo desenvolver-se sem mesmo que o paciente ou pessoas próximas percebam.
O paciente esquizofrênico vive em transe, ou seja, fora da realidade. A partir daí, surgem as alucinações e as mudanças de percepções. A gravidade desta psicose está no curso da doença e não em seu diagnóstico. É por isso que é fundamental para a parte médica, no tratamento clínico, acompanhar a história do paciente para saber como esses sintomas foram surgindo e se desenvolvendo.
Não há um exame específico que ajude a diagnosticar, precisamente, essa enfermidade. O acompanhamento regular de um médico e a administração correta dos medicamentos são as únicas alternativas para tratar a esquizofrenia. As terapias também servem como complemento.
O acompanhamento familiar também é muito significativo para a evolução do paciente, sendo que é no ambiente familiar que se notam as principais mudanças de comportamento, posturas estranhas, isolamento social, perda das relações sociais e falta de expressões faciais, que são alguns sintomas de pessoas que sofrem desses distúrbios.
O matemático norte-americano John Forbes Nash, sofria de esquizofrenia na juventude e conseguiu driblar a doença focando-se nos estudos. Em 1994, Nash ganhou o prêmio Nobel de Ciências Econômicas, deixando grandes contribuições nessa área. Já Wellington Menezes de Oliveira, é apenas mais um “louco” para a sociedade. Ter um surto e sair por aí tirando vidas de pessoas inocentes não é ser esquizofrênico, e sim, um assassino.
Pessoas com este distúrbio podem levar uma vida normal, sem causar danos a ninguém e nem a si próprias, desde que tenham um tratamento adequado para o tipo de caso, já que em cada pessoa, a doença pode se desenvolver de forma diferente.

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