Por Nathália Andrade
Pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde mostram que a proporção de brasileiros diagnosticados com hipertensão arterial aumentou nos últimos cinco anos, passando de 21,6%, em 2006, para 23,3%, no ano de 2010. Os dados foram divulgados na última terça-feira (26), Dia Nacional da Prevenção e Controle da Hipertensão Arterial.
De acordo com as pesquisas, o diagnóstico da doença é maior em mulheres (25,5%) do que em homens (20,7%). Entretanto, nos dois sexos, o problema se torna mais comum com a idade, atingindo cerca de 8% dos indivíduos entre os 18 e os 24 anos e mais de 50% de pessoas na faixa etária de 55 anos de idade ou mais.
O cardiologista Sérgio Curvelo faz um alerta para o problema. “Em geral, a hipertensão não apresenta sintomas, mas quando apresenta, são graves, como o infarto. O coração é forçado a trabalhar mais, causando aumento da massa muscular cardíaca e, posteriormente, dilatação do mesmo. Estas alterações do coração causam uma doença chamada de insuficiência cardíaca. Nas artérias, a pressão arterial alta danifica a parede, acelerando a formação de depósitos de gordura, provocando estreitamento da luz da artéria. Como consequência a este estreitamento, o paciente tem maior probabilidade de ter infarto agudo do miocárdio”, explica Curvelo.
Ainda de acordo com o médico, a doença pode prejudicar vários órgãos, trazendo doenças secundárias como o derrame cerebral e a insuficiência renal. “É preciso que as pessoas se previnam. O ideal é adotar hábitos saudáveis, procurando evitar o surgimento da doença, e que, a partir dos 30 anos, as pessoas visitem regularmente o médico cardiologista, responsável por avaliar a pressão arterial e diagnosticar o problema”, informa.
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