Por Olívia Vidal
A antiga casa do saudoso poeta Victorino Carriço, por meio de uma iniciativa privada, tornou-se um espaço cultural destinado à visitação. Ambiente aconchegante, com muita variedade de livros, fotografia e quadros – e ainda possui um café destinado às pessoas em geral interessadas em cultura, podendo ser utilizado como local de encontro para reuniões, apresentações artísticas como a literatura de Cordel, exibição de filmes, encontros musicais e leitura de poesias.
Localizada na cidade de Arraial do Cabo, conhecida por todo seu contexto histórico-cultural, suas belezas naturais e suas tradições passadas por gerações, hoje tem da Casa da Poesia como um polo irradiador dessa e de outras culturas e conhecimentos. Além disso, Victorino surge como a alma do lugar.
O Giro Universitário foi até o lugar e falou com Raphael Fonseca, o responsável pela manutenção da casa.
G.U.- Qual a sua participação na manutenção e funcionamento da casa?
Raphael – Eu trabalho aqui de segunda à sábado. Como aqui é uma casa é necessário fazer as coisas de casa (como limpeza), catalogar os livros e mantê-los limpos, agendar visitas, receber as pessoas, falar sobre a casa e assim por diante.
G.U - Você participa ativamente dos projetos conectados à casa e à cidade?
Raphael – Sim. A Xaréu, os Calangos. A casa em si faz muitas coisas junto à cidade
G.U - Qual é o objetivo da casa na cidade?
Raphael- Levar cultura a quem se interessa, estimular o gosto pela leitura, música, filmes, promover encontros culturais.
A casa é um grande pólo de cultura, que é um dos únicos em Arraial que funciona sempre. A casa está aberta quase todo dia, recebendo quem queira chegar com seu projeto, querendo oficina. Acho que é esse o objetivo da casa, centralizar.
G.U – Qual é a importância da ligação do poeta Victorino Carriço com a cultura local?
Raphael – Total. Ele é um dos maiores expoentes das artes na região. Ele é um grande cara da cultura aqui. Ele e Cecílio de Barros.
G.U – O que a casa da poesia tem para aqueles que estão interessados em cultura?
Raphael - Cultura. A biblioteca tem várias sessões desde arte à auto-ajuda, ficção, poesia, policial, suspense, entre outros. Temos filmes clássicos e filmes de arte.
A casa da poesia está envolvida em vários projetos ao longo dos anos e é ponto de encontro do Xaréu dos Calangos, além de hoje funcionar como secretária do curso pré-vestibular comunitário Herbert de Souza.
Durante a visita à casa, falamos com parte da equipe do Xaréu:
G.U - Como funciona a Xaréu?
Xaréu - Ela é uma produtora, mas a gente tem também o cineclube Xaréu.
A produtora é por onde a gente promove festas e encontros. Já o Cineclube apóia várias atividades que acontece na cidade, inclusive na casa. E a gente vai fazendo coisas por ai, vamos lançar um filme em junho.
G.U - Como será o filme?
Xaréu- O nome é X- Coração, o resto é surpresa.
G.U - A que projetos vocês estão conectados na cidade?
Xaréu – O único clube que vemos funcionando na cidade é o Cineclube. A gente faz sempre eventos ao ar livre de graça, e apoiando tudo o que acontece. Ano passado fizemos oficinas, são as olas (oficinas audiovisuais).
G.U - Em que categorias artísticas se enquadram esses projetos e qual a sua área de atuação?
Xaréu - São várias. Literário, teatro, cinema, música, poesia. A gente tenta envolver a arte na cidade.
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