13 de junho de 2011

O Vício da tecnologia

Por Raissa Carvalho

Com cada vez mais jovens navegando na Internet por horas seguidas, muito deste tempo é passado em redes sociais como o Facebook, Twitter, Orkut, MySpace, entre outros.
Existem milhares de crianças e adolescentes que se expõem diariamente na Internet e não têm um mínimo de cuidado. Em muitos casos, expõem-se também ao tornarem pública a privacidade de seus familiares e amigos. Mas não é só a segurança do usuário que é afetada.
Um estudo sugere que alunos do ensino médio que passam a maior parte do tempo enviando mensagens de texto no celular ou em sites de redes sociais possuem maiores riscos de apresentar comportamentos preocupantes como sexo sem proteção, depressão, transtornos alimentares, abuso de drogas e faltas na escola.
Foram entrevistados mais de 4 mil estudantes e, desses, cerca de 20% enviam pelo menos 120 mensagens de texto por dia, 10% estão em sites de redes sociais por três horas ou mais e 4% fazem as duas coisas. Esses 4% tiveram risco duas vezes maior que os outros alunos de se envolver em brigas, fumar, beber, ser vítimas de cyberbullying, cometer suicídio, faltar à escola e dormir na aula.
Manter-se conectado em redes sociais é um vício dos jovens destes tempos. Não ter acesso à tecnologia pode levar um jovem a ter crises de abstinência como os dependentes de drogas? Numa outra pesquisa realizada em vários países, revelou-se que jovens precisam sempre estar conectados por autodeterminação. Aconteceu da seguinte forma: foram entrevistados jovens entre 17 e 23 anos de dez países. Eles foram proibidos de usar celular, acessar redes sociais e ver TV. O telefone fixo e os livros lhes foram permitidos.
O resultado? Cerca de 80% dos estudantes que foram submetidos à privação do acesso à internet, por somente um dia, tiveram reações adversas, que variavam da angústia à depressão. Um em cada cinco voluntários disseram ter sofrido crises de ansiedade, sentindo até "comichão" como se fossem toxicodependentes.
Até mesmo existem jovens que dizem não precisar de drogas e álcool. A mídia já é a própria droga.

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