Por Monique Nunes
Em 2000, a lagoa foi tomada por uma grande quantidade de algas macrófitas, que se desenvolveram devido à poluição ocasionada por esgotos de residências e empresas, jogados sem controle e diretamente na lagoa. O que se via nas margens era uma imensa mortandade de peixes. Isso levou a cidade de Araruama a sofrer uma queda em sua economia, já que 20% da renda da cidade estão relacionadas com a pesca, extração de sal e de moluscos.
Houve queda no turismo. Pousadas e hotéis tiveram baixa procura, mesmo no período de “alta temporada”, que vai de dezembro a março. Vários moradores colocaram suas casas à venda por causa do mau cheiro e de alguns tipos de doença trazidas pela poluição.
A prática de esportes náuticos como o windsurf e o kitesurf também foram prejudicados, pois a lagoa ficou por um longo tempo imprópria para banho.
Após um demorado processo de revitalização, a Lagoa de Araruama encontra-se, atualmente, própria para banho. Foi desenvolvido em março de 2010, pela Secretaria de Meio Ambiente de Cabo Frio, um projeto de monitoramento e análise das águas, realizado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Em janeiro de 2011, iniciou-se o processo de revitalização com a dragagem do canal Itajuru, de onde foram retirados detritos, algas e areias, diminuindo o nível de poluição e liberando algumas áreas para pesca e banho. Este investimento já ultrapassa mais de R$ 1 milhão e pode chegar a R$ 3 milhões até o final das obras de renovação da lagoa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário